VIRTUALIZAÇÃO X FÍSICO

Nesta postagem vamos abordar a Arquitetura Preferencial para Desenho de Servidores Exchange Server 2019. Sempre lembrando que a arquitetura preferencial é uma preferencia e não uma obrigação. É necessário um conhecimento prévio do ambiente do cliente associado com conhecimento de arquitetura do produto.
O Desenho de Servidores para Exchange Server é sempre algo controverso, com o Exchange Server 2019 houve um incremento considerável de Processador e memoria, mas não significa que você deve usar tudo, você pode dimensionar ou ainda, desde que saiba o que esteja fazendo, realizar pequenos avanços na configuração inicial.
É possível implementar um grande numero de servidores com menos recursos de memoria e processamento, desde que as caixas estejam distribuídas em pequenos grupos por servidor, assim evitamos que uma interrupção programada ou não programada traga indisponibilidade em massa.
Contudo, o Desenho dos Servidores depende ainda de analise previa do ambiente tecnológico do cliente, nada adianta planejar um grande número de servidores se o cliente não possui licença.
Virtualiza ou Não?

Nem sempre a virtualização é uma boa escolha, apesar de ser quase uma regra, a virtualização de servidores possuem serias ressalvas por parte da Microsoft para Exchange Server.
Antes de recomendar a virtualização dos servidores tenham em mente que o ambiente virtual é compartilhado com todo o universo de aplicação do cliente, e toda sua infraestrutura de rede utiliza esse ambiente, o que pode comprometer a experiência com o usuário final.
A arquitetura preferencial recomendada pela Microsoft pede que todos os servidores sejam PREFERENCIALMENTE físicos e usem o armazenamento conectado localmente. O hardware físico é implantado em vez de hardware virtualizado por dois motivos:
- Os servidores são dimensionados para usar 80% dos recursos durante o pior modo de falha. (Vamos abordar esse assunto quando falarmos sobre recuperação de desastre)
- A virtualização vem com uma pequena penalidade de desempenho, além de adicionar uma camada adicional de gerenciamento e complexidade, por exemplo: Servidores Exchange não necessitam de utilizar a recuperação de desastre de um virtualizador! (voltaremos nesse assunto!)
A Microsoft projetou o Exchange Server 2019 para o Seguinte:
- 2U, dois servidores de soquete com até 48 núcleos de processador físico (um aumento de 24 núcleos no Exchange 2016)
- Até 256GB de memória (um aumento do 192GB no Exchange 2016)
- Um controlador de cache de gravação com suporte de bateria
- 12 ou mais baias de unidade dentro do chassi do servidor
- A capacidade de misturar o armazenamento de plattismo tradicional (HDD) e o SSD (armazenamento de estado sólido) no mesmo chassi.
Mas, e os servidores virtuais?
Todas as versões do Exchange 2019 tem suporte para virtualização, apesar da microsoft assumir que a arquitetura preferencial é aquela com servidores físicos, os servidores virtuais não deixam a desejar!
Em uma implementação virtual é necessário ter em mãos o desempenho da virtualização do cliente para que a implementação do serviço de correio não venha a sofrer com falta de desempenho.
É sabido por todos nós, ao menos eu imagino que sim, que dependendo da forma como o ambiente é virtualizado a perda de latência de rede e desempenho é insignificante, por tanto, servidores virtualizados não devem trazer problema algum em uma implementação.
Conclusão
Apesar da Arquitetura Preferencial recomendar servidores físicos não existem argumentos contrários significantes que nos faça desprezar a virtualização, particularmente nunca tive problemas com servidores virtuais para Exchange Server.
O Exchange Server 2019, assim como nas versões anteriores, melhora os investimentos introduzidos anteriormente, inova com tecnologias adicionais originalmente destinadas para uso no Office 365, e busca um grau cada vez maior de qualidade para o usuário final.
Atentando-se as melhores práticas da arquitetura preferêncial as alterações atuais serão melhores aproveitadas e a experiência final do usuário será ainda melhor.
Conhecer previamente a arquitetura do produto torna a implementação mais confiável, previsível e altamente resiliente.
Fonte de Pesquisa: https://docs.microsoft.com/pt-br/exchange/plan-and-deploy/deployment-ref/preferred-architecture-2019?view=exchserver-2019
Microsoft Exchange Server 2019 Step by Step
- PARTE 1 – INTRODUÇÃO
- PARTE 2 – INSTALAÇÃO DOS PRÉ-REQUISITOS PARA EXCHANGE SERVER 2019
- Parte 3 -INSTALAR E CONFIGURAR EXCHANGE SERVER 2019 – ACTIVE DIRECTORY
- Parte 4 -INSTALAR EXCHANGE SERVER 2019
- Parte 5 -Arquitetura do Exchange Server 2019 – NameSpace -Descomplicada
- PARTE 6 – Arquitetura do Exchange Server 2019 – “Site Resilience” -Descomplicado